A simples atitude de palpar os seios no banho, ou ao aplicar hidratante na pele pode ser determinante. O chamado autoexame das mamas deveria fazer parte da rotina de todas as mulheres, uma vez que quando algo “fora do comum” é percebido, a identificação para um diagnóstico precoce pode salvar vidas.
Hoje, é o Dia Nacional da Mamografia. A data foi criada para reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O rastreamento faz toda diferença no tratamento, pois quando detectada precocemente, a doença tem até 95% de chances de cura.
No entanto, na fase inicial da doença o tumor pode ser muito pequeno, podendo ter menos de um centímetro de tamanho, nesse caso, a doença só será detectada por um exame de imagem, como a mamografia. Por isso, é importante que a mulher vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano e faça seus exames de rotina periodicamente.
De acordo com Marcela Balaro, especialista em radiologia no Instituto Nacional do Câncer (Inca), não existe um consenso mundial sobre a idade e a periodicidade dos exames para a investigação do câncer de mama nas mulheres assintomáticas. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia a partir dos 40 anos, anualmente. Antes disso, pode-se realizar o ultrassom das mamas também como forma preventiva.
O principal método para diagnóstico do câncer de mama é a mamografia digital, que identifica lesões muito pequenas, muitas vezes não palpáveis. O exame funciona como uma radiografia da mama e o equipamento utiliza radiação de baixa energia (Raios-X).
A compressão da mama é necessária porque melhora a qualidade da imagem, permitindo que todos os tecidos fiquem totalmente visíveis. "Apesar do desconforto, a compressão é rápida e não gera qualquer lesão na mama, sendo imprescindível para o diagnóstico preciso", esclarece Marcela.
Na ultrassonografia das mamas, as imagens são formadas por ondas sonoras de alta frequência, sem o uso de radiação ionizante. Ao contrário da mamografia digital, este exame não gera desconforto ao paciente. "É uma importante ferramenta complementar à mamografia e à tomossíntese mamária no rastreamento do câncer de mama, principalmente nas pacientes com mamas densas, pois a densidade mamária não altera a sensibilidade desse exame", explica.
Por isso, a ultrassonografia permite diferenciar nódulos sólidos de cistos, o que é fundamental para definir o diagnóstico das doenças mamárias. A tecnologia mais recente no diagnóstico do câncer de mama é a tomossíntese mamária, que possibilita a visualização tridimensional (3D) da mama. O exame permite o diagnóstico precoce com menor exposição à radiação, utilizando um tubo de raio-x em movimento para captar imagens mais finas e em diferentes ângulos. "O posicionamento e a compressão são os mesmos da mamografia digital, podendo os dois exames serem realizados ao mesmo tempo", revela a médica.
A técnica vem ganhando destaque porque contribui para a diminuição do número de falsos positivos e de "call backs", casos em que mulheres precisam refazer o exame.
CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
PRINCIPAIS CAUSAS DO CÂNCER
Quando falamos em câncer de mama, muitas pessoas associam seu desenvolvimento com fatores genéticos e de risco, como mulheres com histórico familiar de câncer e fatores como idade avançada. Essas informações, porém, não significam um diagnóstico preestabelecido da doença, não podemos generalizar, cada organismo é particular e age de maneira diferente.
Veja alguns fatores associados a um risco aumentado de câncer de mama:
• Ser mulher: apesar de ser possível homens terem câncer de mama, mulheres têm maiores chances de desenvolverem a doença;
• História pessoal das condições da mama: há um risco maior do câncer se anteriormente foi encontrado um carcinoma lobular in situ ou hiperplasia atípica na mama em exame de biópsia;
• História pessoal (Histórico) de câncer de mama: se a paciente já foi diagnosticada com câncer de mama em um dos seios, há maiores chances do desenvolvimento do tumor na outra mama;
• História familiar (Hereditariedade) de câncer de mama: pacientes que têm a doença no histórico familiar têm maior risco de também a desenvolverem;
• Genes herdados que aumentam o risco de câncer (Mutação genética): certas mutações genéticas que aumentam o risco do câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos. As mais conhecidas são as BRCA1 e BRCA2;
• Avanço da idade;
• Exposição à radiação em tratamentos no peito quando criança ou jovem adulto;
• Obesidade;
• Primeira menstruação precoce;
• Entrada na menopausa em idade avançada;
• Nunca ter engravidado ou ter passado pela primeira gestação após os 30 anos;
• Uso de medicamentos de terapia hormonal pós-menopausa;
• Consumo de bebidas alcoólicas.
Ontem, foi o Dia Mundial do Câncer, a data tem intuito de promover maior conscientização e educação sobre a doença. No Blog Saúde Total, mostramos que algumas mudanças simples em nosso dia a dia podem auxiliar na prevenção de alguns tipos de câncer. (Para ler o conteúdo completo clique aqui). Como sempre frisamos aqui: Cuide-se, pois a prevenção sempre será o melhor remédio!